A segunda edição do Cascais Ópera 2025 começou esta quarta-feira. Os candidatos disputam os prémios deste concurso internacional de canto, que se realiza pelo segundo ano consecutivo na idílica vila de Cascais.
A cerimónia de abertura contou com os discursos dos três fundadores da iniciativa – Alexandra Maurício (diretora geral), Adriano Jordão (diretor artístico) e Sergei Leiferkus (presidente do júri) – que deram as boas vindas aos concorrentes, membros do júri, parceiros, convidados e às instituições oficiais.
“Um dos nossos compromissos é dar-vos ferramentas para serem melhores pessoas no mundo”, sublinhou Alexandra Maurício. “Porque todos nós temos a experiência de que a arte é a única maneira de mudar o mundo”.
Já Sergei Leiferkus destacou que os candidatos admitidos às atuações presenciais “já são vencedores desta competição”, uma vez que foram selecionados entre 340 candidaturas, oriundas de 49 países do mundo.
O barítono de renome que preside o júri do concurso deixou ainda um conselho para os participantes: “um grande maestro pede à sua orquestra, não para criar um som maravilhoso, mas para criar emoções.”
“Sejam o vosso herói em palco. Não interpretem o vosso herói, sejam o vosso herói. Isso é muito importante e dará resultados maravilhosos para o vosso futuro”, acrescentou.
Hae Kang, vencedor do “Grand Prix Égide” na primeira edição do Cascais Ópera, foi convidado para voltar a Cascais para partilhar a sua experiência com os novos concorrentes.
“A primeira vez que estive em Cascais foi no ano passado. Como podem ver este lugar é maravilhoso, o mar, o céu, a atmosfera, tudo é lindo. Mas o que mais me impressionou foi o quão bem organizada estava a competição. O horário era preciso, os ensaios muito tranquilos e toda a experiência muito profissional.”
O grande premiado da edição de estreia, realizada no ano passado, partilhou ainda que não estava confiante que iria ser selecionado para a Grande Final e concluiu: “Mesmo quando pensamos que não cantamos bem, as nossas vozes ainda podem tocar o coração de alguém.”
Ao longo dos próximos dois dias, 24 e 25 de abril, os jovens talentos vão realizar as primeiras provas, em sessões abertas ao público, a decorrer no Centro Cultural de Cascais (Fundação D. Luís I), e das quais serão selecionados os 12 semifinalistas da competição.
Os concorrentes serão progressivamente eliminados ao longo da competição até restarem apenas oito finalistas.
A competição culmina na Grande Final ao vivo, no dia 4 de maio, às 17h, no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, onde os finalistas vão interpretar algumas das mais icónicas árias de ópera, acompanhados pela Orquestra Sinfónica Portuguesa, que será dirigida pelo Maestro Antonio Pirolli.