O barítono Sergei Leiferkus é considerado um dos mais prestigiados artistas da cena lírica mundial. A sua capacidade de transmitir, seja a nobreza, seja a vilania fizeram dele um intérprete notado de papéis como o Scarpia da ‘Tosca’, Iago de ‘Otello’, Rangoni do ‘Boris Godunov’, Telramund do ‘Lohengrin’ e o Alberich do ‘Anel’ wagneriano. Apresentou-se nos mais importantes teatros de ópera do mundo, nomeadamente na Royal Opera House, Wiener Staatsoper, Deutsche Oper de Berlim, Semperoper Dresden, Opéra Bastille (Paris), Scala de Milão, Met de Nova Iorque, Ópera de San Francisco, Lyric Opera de Chicago, Teatro Colón de Buenos Aires, etc., e em festivais como os de Salzburgo, Glyndebourne, Bregenz e Edimburgo.
Sergei Leiferkus tem no seu repertório operático quase 50 diferentes papéis, entre os quais Eugene Onegin, Príncipe Igor, Nabucco, Macbeth, Simon Boccanegra, Amonasro (Aida), Don Giovanni, Sumo Sacerdote de Dagon (Sansão e Dalila) e Klingsor (Parsifal), para além dos acima citados, sendo que quase 1/3 do seu repertório é constituído por música russa dos séculos XIX e XX.
As adições mais recentes ao seu repertório foram o papel de Schigolch na ‘Lulu’ de Berg (em Hamburgo), Guarda-florestal na ‘Raposinha matreira’ de Janácek (Glyndebourne e Dresden) e duas óperas contemporâneas, de Peter Eötvös e de Alexander Raskatov, respectivamente em Hamburgo e em Amesterdão. No repertório de concerto, foi solista com as mais prestigiadas orquestras mundiais e foi dirigido por maestros como Claudio Abbado, Valery Gergiev, James Levine, Bernard Haitink, Zubin Mehta, Lorin Maazel, Riccardo Muti, Seiji Ozawa, Georg Solti e Kurt Masur, entre tantos outros.
Neste domínio, duas obras em que se celebrizou foram as ‘Canções e danças da morte’, de Mussorgsky e a ‘Sinfonia n.º 13’ de Shostakovitch. Além da sua agenda de concertos, Leiferkus também se dedica ao ensino, ministrando masterclasses em Berlim, Moscovo, Toronto e Boston, para lá da escola Britten-Pears de Aldeburgh (UK).
Aleksandar Nikolić (n. 1983, Krusevac/Sérvia) é um dos mais activos encenadores de ópera e de teatro da Europa de Leste. Iniciou a sua carreira no mundo lírico em 2009, como pianista e, depois, como cenarista e figurinista no Teatro Nacional de Belgrado (divisão ópera). Desde 2018-19 colabora regularmente com o Teatro Nacional da Sérvia, em Novi Sad (o mais antigo do país).
Estudou Drama e Artes Audiovisuais na Faculdade de Artes Dramáticas da Universidade de Belgrado, História da Arte na Faculdade de Filosofia da mesma instituição e Cenografia no Politécnico de Belgrado. Também fez estudos de piano e de teoria musical. Apurou a sua preparação profissional em Brescia, Hannover e Salónica.
De 2015 a 2022 ministrou seminários no Instituto de Dança de Belgrado, abordando temas como ‘A encenação de ópera e de ballet’, ‘Anatomia de um libreto’ e ‘O encenador e a análise da música’.
Serviu como assistente de encenação para a 13.ª reposição da produção de Richard Eyre da ‘Traviata’ na Royal Opera House Covent Garden, em 2016. Desde 2016-17 é convidado regularmente para dar masterclasses (Belgrado, Boston, Itália, Jerusalém e Varna), centrando-se na interpretação musical e textual de óperas do repertório italiano e francês. Entre 2019 e 2023, foi Directo de Ópera Principal do Pequeno Teatro Dushko Radovic, em Belgrado, tendo levado à cena 22 diferentes produções.
O soprano Anna Samuil é uma das mais requisitadas cantoras russas da sua geração e é solista do ‘ensemble’ da Ópera Estatal de Berlim desde 2004.
Após a estreia internacional, em 2003, como Violetta (Traviata) na Ópera de Berlim, a carreira de Anna Samuil expandiu-se a prestigiosos palcos mundiais, como Scala de Milão, Met de Nova Iorque, Ópera da Baviera, Semperoper Dresden, Ópera de Hamburgo, Valência, Lyon e Tóquio. Tem sido igualmente presença frequente em festivais, como Salzburgo, Aix-en-Provence, Glyndebourne, Verbier, Arena de Verona e Maggio Musicale Fiorentino.
A sua discografia (CD e DVD) inclui um ‘Eugene Onegin’ do Festival de Salzburgo, um ‘Don Giovanni’ de Glyndebourne, ‘O ouro do Reno’ e ‘O crepúsculo dos deuses’ do Scala e ‘O cavaleiro da rosa’ da Staatsoper de Berlim.
Em repertório de concerto, destacam-se um ‘Requiem de guerra’ de Britten e uma ‘Nona’ de Beethoven. Deste ano é ‘Il mondo felice’, homenagem a Maria Malibran com a sua irmã violinista Tatiana. Anna Samuil colaborou com maestros, como Daniel Barenboim, Zubin Mehta, Lorin Maazel, Antonio Pappano, Myung-whun Chung, Gustavo Dudamel, entre muitos outros. Encenadores marcantes na sua carreira foram, p. ex., Franco Zeffirelli, Peter Stein, Achim Freyer, Claus Guth, Jonathan Miller e Guy Cassiers. Ensina desde 2011 Canto na Escola Superior de Música Hanns Eisler, em Berlim.
Nascido em Elgin (na Grande Chicago), Erik Malmquist fez os seus estudos de violino no Luther College (Iowa), prosseguindo-os a nível superior no San Francisco Conservatory of Music, por onde se diplomou. Muda-se em seguida para Nova Iorque, onde inicia percurso como violinista ‘freelance’ e dá os primeiros passos em produção e gestão artística, nomeadamente na Manhattan Concert Productions (2013-14). Em Junho de 2014, ingressa na reputada agência de artistas Zemsky Green e aí permanecerá até Novembro de 2019, primeiro como agente e depois como director de produção. No mesmo período, assegura a direcção geral (2014-17) e a presidência (2017-19) da série de concertos Bach Vespers at Holy Trinity, na Upper West Side de Nova Iorque. No final de 2019, regressa à sua cidade natal, para ser director de planeamento artístico e produção da Orq. Sinfónica de Elgin, transitando para a direcção executiva em Maio de 2020. Ficará em Elgin até Junho de 2021, tendo entretanto aceitado um convite para se tornar Director de Casting da Ópera Estadual da Baviera, em Munique, cargo que assume em Agosto desse ano.
Erik Malmquist tem sido jurado em importantes competições de canto, como as Grand Finals do Concurso de Ópera do Metropolitan de Nova Iorque, o Concurso de Ópera de Paris e o Concurso da Fundação Richard Tucker.
Ivan van Kalmthout é diretor artístico do Teatro Nacional de São Carlos, desde 1 de julho de 2023. O objetivo de Ivan van Kalmthout é de apresentar temporadas que atraiam novas audiências, normalmente não habituadas à beleza do teatro musical, criando argumentos abrangentes, que lhes permitam uma vivência mais intensa de tudo o que uma magnifica ópera tem para oferecer.
Nos últimos seis anos, Ivan van Kalmthout foi o responsável pela «International Vocal Competition», em ‘s-Hertogenbosch (Países Baixos), concurso que existe desde 1954 e que já galardoou grandes cantores como Thomas Hampson, Dame Sarah Connolly, Pretty Yende, Josh Lovell e Lenneke Ruiten. Por duas vezes, foi membro do júri daquele ilustre concurso, tendo participado na mesma qualidade na «Tchaikosvky Competition» em Moscovo, em 2002, na 2.ª edição da «China International Singing Competition», na «Bulbul Opera Competition» em Baku (Azerbeijão), em 2020, e na «Marie Kraja International Singing Competition» em Tirana (Albânia), em 2022. Tem uma vasta experiência na gestão de teatros de ópera por toda a Europa, tendo sido diretor artístico interino do Gran Teatre del Liceu, em Barcelona (e antes disso, durante dez anos, adjunto do diretor artístico). Toda esta experiência trouxe-lhe um profundo conhecimento de repertório, cantores, maestros e encenadores. Foi também diretor de ópera na Staatsoper Unter den Linden im Schillertheatre, em Berlim. Nos mais recentes teatros onde colaborou, esteve envolvido nos dois estúdios de ópera para jovens cantores que faziam parte do agrupamento. Ivan van Kalmthout iniciou a sua carreira na Vlaamse Opera em Antuérpia/Ghent, onde a sua última função foi «casting officer».
O soprano lírico coloratura Maria Stefyuk estreou-se profissionalmente em 1972, na Ópera de Kyiv, vindo a tornar-se uma das grandes figuras do canto lírico do seu país.
Do seu repertório faziam parte obras dos russos Lysenko, Glinka, Mussorgsky, Shostakovich e Rimsky-Korsakov. No repertório italiano, ficou ligada aos papéis de Zerlina, Rosina, Lucia, Violetta, Gilda e Musetta e, no francês, aos de Manon, Marguerite de Valois, Leila e Eros. Estreou-se no Scala de Milão em 1981, na Ópera de Dresden (1987) e na Ópera Estatal de Berlim (1988).
A sua carreira lírica também passou por EUA, Canadá, Reino Unido, França, Suíça, Áustria, Turquia, Argentina e Japão. No repertório de câmara, frequentou as canções de Tchaikovsky, Rakhmaninov, Händel, Bach, Mozart, Rossini, Verdi, Gounod e Massenet.
De 2000 a 2019, regeu uma classe de canto na Academia de Música Tchaikovsky e Nacional da Ucrânia.
Desde há mais de 20 anos que Maria Stefyuk vem sendo convidada para integrar júris de competições internacionais de canto, na Ucrânia e no estrangeiro. Pela relevância da sua carreia e pela sua contribuição para o progresso da cultura e das artes no seu país, Maria Stefyuk viu serem-lhe atribuídas distinções como o Prémio Estatal Shevchenko (1988) e a Ordem da Princesa Olga – 1.ª classe (2003). Foi ainda declarada Heroína da Ucrânia em 2008 pelo Presidente do país.
Robert Körner é o director de ‘casting’ da Ópera Estatal de Viena (Wiener Staatsoper) desde Maio de 2020 , instituição onde as suas responsabilidades abarcam a gestão e supervisão do ensemble residente de cantores, do Programa de Jovens Artistas e da contratação de artistas convidados.
Antes do convite para a Ópera de Viena, Robert Körner esteve durante 13 anos (Setembro 2007- Abril de 2020) associado à Ópera Nacional de Lyon, onde desempenhou o cargo de Director de Produções Artísticas, trabalhando sempre em estreita colaboração com o director-geral, Serge Dorny. As suas funções em Lyon incluíam a criação e desenvolvimento do programa artístico, a direcção de ‘casting’, a direcção de produção e planeamento, a responsabilidade pelo orçamento artístico e de programação do teatro e a gestão das negociações contratuais com o pessoal artístico do Teatro e com os artistas convidados.
Na Alemanha na área da gestão artística, Robert Körner trabalhou em Osnabrück (Renânia do Norte-Vestefália), onde foi durante dois anos (1999-2001) Director de Planeamento e Produção das Städtische Bühnen (Teatros Municipais) dessa cidade ; seguidamente, em Dortmund, ocupou durante seis anos (2001 a 2007) o cargo de Director de Produções Artísticas do Teatro de Dortmund, onde as suas funções vieram a incluir a direcção de ‘casting’
, a chefia do departamento de produção e planeamento e a responsabilidade pela elaboração e gestão do orçamento artístico/de programação do Teatro.
Com formação académica na área da dança, Robert Körner foi bailarino profissional durante a década de 90, tendo estado agregado à companhia de bailado do Saarländisches Staatstheater Saarbrücken (Teatro Estatal do Sarre, em Saarbrücken) entre 1991 e 1999, e nos seus últimos dois anos foi administrador para a área do bailado.
Paralelamente Robert Körner tem desempenhado o cargo de jurado em prestigiados concursos internacionais de canto.
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Over the past three decades, primarily in London, Portugal and Amsterdam, Dr Jorge Balça
has developed a strong portfolio of work and a unique combination of skillsets – as a stage
director (of theatre, opera, and hybrid forms), a teacher and workshop leader, a presentation
skills, acting and creativity coach, and practice-based researcher. His work in all these
domains is distinguished by his commitment to and skill in making fantasy and invention
emerge from precise knowledge and training – and by his ability to inspire a similar alchemy
in his collaborators.
Classically trained as an actor and countertenor, he studied theatre directing in London and
Moscow, specialising in Shakespeare, techniques of adaptation, Meyerhold and commedia
dell’arte. Jorge also holds a PhD exploring the dramatic training of opera performers.
With a love for site-specific projects and collaborative forms, and an equal flair for comedy
and drama, his work is dramaturgically inventive, visually striking, and physically engaged.
He was the artistic director of Bloomsbury Opera and associate director of The Opera
Makers, both in London. In Portugal, he has recently directed L’Heure Espagnole and The
Turn of the Screw at Centro Cultural de Belém, and Don Giovanni and La Voix Humaine at
Festival de Ópera de Óbidos.
Jorge is committed to his work as a teacher, having taught at the Dutch National Opera
Academy, Morley College London, Universidade de Évora and other institutions. He
maintains an international coaching private practice and is the acting coach at the Neil
Semer Vocal Institute in Italy.
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